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MALDITA-ANATOMIA
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aguenta coraçao

Aguenta Coração

José Augusto

Composição: Ed Wilson, Paulo Sérgio Valle e Prêntice

Coração, diz prá mim
Porque é que eu fico sempre
Desse jeito
Coração não faz assim
Você se apaixona
E a dor é no meu peito...

Prá quê, que você foi
Se entregar
Se na verdade eu só queria
Uma aventura
Porque você não pára
De sonhar
É um desejo e nada mais...

E agora o que é que eu faço
Prá esquecer tanta doçura
Isso ainda vai virar loucura
Não é justo
Entrar na minha vida
Não é certo
Não deixar saída
Não é não...

Agora agüenta coração
Já que inventou essa paixão
Eu te falei que eu tinha mêdo
Amar não é nenhum brinquedo
Agora agüenta coração
Você não tem mais salvação
Você apronta
Esquece que você sou eu...


aguenta coraçao

Coração, diz prá mim
Porque é que eu fico
Sempre desse jeito
Prá quê, que você foi
Se entregar
Se na verdade
Eu só queria uma aventura
Porque você não pára de sonhar
É um desejo e nada mais...

E agora o que é que eu faço
Prá esquecer tanta doçura
Isso ainda vai virar loucura
Não é justo entrar na minha vida
Não é certo não deixar saída
Não é não...

Agora agüenta coração
Já que inventou essa paixão
Eu te falei que eu tinha mêdo
Amar não é nenhum brinquedo
Agora agüenta coração
Você não tem mais salvação
Você apronta
Esquece que você sou eu...(2x)


coraçao pirata

O meu coração pirata toma tudo pela frente
Mas a alma adivinha
O preço que cobram da gente
E fica sozinha...

Levo a vida como eu quero
Estou sempre com a razão
Eu jamais me desespero
Sou dono do meu coração
Ah! O espelho me disse
Você não mudou...

Sou amante do sucesso
Nele eu mando, nunca peço
Eu compro o que a infância sonhou
Se errar, eu não confesso
Eu sei bem quem eu sou
E nunca me dou!Quando a paixão não dá certo
(Não há porque me culpar)
Eu não me permito chorar
(Já não vai adiantar)
E recomeço do zero sem reclamar
Quando a paixão não dá certo
(Não há porque me culpar)
Eu não me permito chorar
(Já não vai adiantar)
E recomeço do nada sem reclamar

Faço porque quero, estou sempre com a razão
Eu jamais me desespero
Sou dono do meu coração
Ah! O espelho me disse
Você não mudou!

Você não mudou!
Não mudou ...


o quereres

Onde queres revólver, sou coqueiro
E onde queres dinheiro, sou paixão
Onde queres descanso, sou desejo
E onde sou só desejo, queres não
E onde não queres nada, nada falta
E onde voas bem alto, eu sou o chão
E onde pisas o chão, minha alma salta
E ganha liberdade na amplidão

Onde queres família, sou maluco
E onde queres romântico, burguês
Onde queres Leblon, sou Pernambuco
E onde queres eunuco, garanhão
Onde queres o sim e o não, talvez
E onde vês, eu não vislumbro razão
Onde o queres o lobo, eu sou o irmão
E onde queres cowboy, eu sou chinês

Ah! Bruta flor do querer
Ah! Bruta flor, bruta flor

Onde queres o ato, eu sou o espírito
E onde queres ternura, eu sou tesão
Onde queres o livre, decassílabo
E onde buscas o anjo, sou mulher
Onde queres prazer, sou o que dói
E onde queres tortura, mansidão
Onde queres um lar, revolução


E onde queres bandido, sou herói

Eu queria querer-te amar o amor
Construir-nos dulcíssima prisão
Encontrar a mais justa adequação
Tudo métrica e rima e nunca dor
Mas a vida é real e de viés
E vê só que cilada o amor me armou
Eu te quero (e não queres) como sou
Não te quero (e não queres) como és

Ah! Bruta flor do querer
Ah! Bruta flor, bruta flor

Onde queres comício, flipper-vídeo
E onde queres romance, rock’n roll
Onde queres a lua, eu sou o sol
E onde a pura natura, o inseticídio
Onde queres mistério, eu sou a luz
E onde queres um canto, o mundo inteiro
Onde queres quaresma, fevereiro
E onde queres coqueiro, eu sou obus

O quereres e o estares sempre a fim
Do que em mim é de mim tão desigual
Faz-me querer-te bem, querer-te mal
Bem a ti, mal ao quereres assim
Infinitivamente pessoal
E eu querendo querer-te sem ter fim
E, querendo-te, aprender o total
Do querer que há e do que não há em mim