.anitnelav
Uma boa pedida para um dia frio
Sensacional pela maneira como aborda algo que costuma nos chocar, que geralmente encaramos como uma "sentença de morte" que é a tetraplegia.
O filme mostra a vida de um "deficiente" e seu cuidador, que foi escolhido justamente por tratá-lo como alguém "normal"; o filme é tão engraçado que a "deficência" é o que menos se percebe.
Quis compartilhá-lo pois, além de ser uma ótima opção pra um dia gelado como hoje (filme, pipoca, edredom) faz com que a piada "onde se encontra um tetraplégico? Oras, onde vc o deixou" perca o sentido de humor negro, grosseria ou sem noção e se transforme numa piada como qualquer outra.
O expert em compartilhar filmes é outra pessoa e eu não encontrei no youtube este filme, então deixo o link do site; para assistir ao filme, clique onde diz "selecione o player desejado para assistir" e depois o play no filme. Espero que gostem.
http://www.filmesonlinegratis.net/assistir-intocaveis-legendado-online.html
Beijos a quem é de beijo, abraços a quem é de abraço
Valentina
Cantando pelo mundo afora...
Vagando por eles escolhi alguns que, da mesma forma que Susan Boyle, impressionaram aqueles que não lhes deram muito "valor".
http://www.youtube.com/watch?v=onflq36g8is&list=RD02m0l9ABi8hSE
http://www.youtube.com/watch?v=txPQC8NB_-M
http://www.youtube.com/watch?v=VQ345FwOujI
http://www.youtube.com/watch?v=1k08yxu57NA
É proibido "achar"
"Chego em casa à noite, exausto. A mesa vazia. Nada sobre o fogão. Nem no forno. Nem na geladeira. Não há jantar. Pior! Os ovos, sempre providenciais, acabaram. Sou forçado a me contentar com um copo de leite e bolachas. No dia seguinte, revolto-me diante da empregada.
— Passei fome!
— Ih! Achei que o senhor não vinha jantar!
Solto faíscas que nem um fio desencapado ao ouvir o verbo “achar” em qualquer conjugação. É um perigo achar. Não no sentido de expressar uma opinião, mas de supor alguma coisa. Tenho trauma, é verdade! Tudo começou aos 9 anos de idade. Durante a aula, fui até a professora e pedi:
— Posso ir ao banheiro?
Ela não permitiu. Agoniado, voltei à carteira. Cruzei as pernas. Cruzei de novo. Torci os pés. Impossível escrever ou ouvir a lição. Senti algo morno escorrendo pelas pernas. Fiz xixi nas calças! Alguém gritou:
— Olha, ele fez xixi!
Dali a pouco toda a classe ria. E a professora, surpresa:
— Ih... eu achei que você pediu para sair por malandragem!
Vítima infantil, tomei horror ao “achismo”. Aprendi: sempre que alguém “acha” alguma coisa, “acha” errado. Meu assistente, Felippe, é mestre no assunto.
— Não botei gasolina no carro porque achei que ia dar! — explica, enquanto faço sinais na estrada tentando carona até algum posto.
Inocente não sou. Traumatizado ou não, também já achei mais do que devia. Quase peguei pneumonia na Itália por supor que o clima estaria ameno e não levar roupa de inverno. Palmilhei mercadinhos de cidades desconhecidas por imaginar que hotéis ofereceriam pasta de dente. Deixei de ver filmes e peças por não comprar ingressos com antecedência ao pensar que estariam vazios. Fiquei encharcado ao apostar que não choveria, apesar das previsões do tempo. Viajei quilômetros faminto por ter certeza de que haveria um bar ou restaurante aberto à noite em uma estrada desconhecida.
Há algum tempo vi um livro muito interessante em um antiquário. Queria comprá-lo. Como ia passar por outras lojas, resolvi deixar para depois.
— Ninguém vai comprar esse livro justo agora! — disse a mim mesmo.
Quando voltei, fora vendido. Exemplar único.
— O senhor podia ter reservado — disse o antiquário.
— É, mas eu achei...
Mas eu me esforço para não achar coisa alguma. Quem trabalha comigo não pode mais achar. Tem de saber. Mesmo assim, vivo enfrentando surpresas. Nas relações pessoais é um inferno: encontro pessoas que mal falavam comigo porque achavam que eu não gostava delas. Já eu não me aproximava por achar que não gostavam de mim! Acompanhei uma história melancólica.
Dois colegas de classe se encontraram trinta anos depois. Ambos com vida amorosa péssima, casamento desfeito. Com a sinceridade que só a passagem do tempo permite, ele desabafou:
— Eu era apaixonado por você naquela época. Mas nunca me abri. Achei que você não ia querer nada comigo. Ela suspirou, arrasada.
— Eu achava você o máximo! Como nunca se aproximou, pensei que não tinha atração por mim!
Os dois se encararam arrasados. E se tivessem namorado? Talvez a vida deles fosse diferente! É óbvio, poderiam tentar a partir de agora. Mas o que fazer com os trinta anos passados, a bagagem de cada um?
Quando alguém me diz:
— Eu acho que...
Respondo:
— Não ache, ninguém perdeu nada.
Adianta? Coisa nenhuma! Vivo me dando mal porque alguém achou errado! Sempre que posso, insisto:
— Se não sabe, pergunte! É o lema que adotei: melhor que achar, sempre é verificar!"
Walcyr Carrasco
Canção deles e delas
CANÇÃO DOS HOMENS
"Que quando chego do trabalho ela largue por um instante o que estiver fazendo - filho, panela ou computador - e venha me dar um beijo como os de antigamente.
Que quando nos sentarmos à mesa para jantar ela não desfie a ladainha dos seus dissabores domésticos.
E se for uma profissional, que divida comigo o tempo de comentarmos nosso dia.
Que se estou cansado demais para fazer amor, ela não ironize nem diga que "até que durou muito" o meu desejo ou potência.
Que quando quero fazer amor ela não se recuse demasiadas vezes, nem fique impaciente ou rígida, mas cálida como foi anos atrás.
Que não tire nosso bebê dos meus braços dizendo que homem não tem jeito pra isso, ou que não sei segurar a cabecinha dele, mas me ensine docemente se eu não souber.
Que ela nunca se interponha entre mim e as crianças, mas sirva de ponte entre nós quando me distancio ou me distraio demais.
Que ela não me humilhe porque estou ficando calvo ou barrigudo, nem comente nossas intimidades com as amigas, como tantas mulheres fazem.
Que quando conto uma piada para ela ou na frente de outros, ela não faça um gesto de enfado dizendo "Essa você já me contou umas mil vezes".
Que ela consiga perceber quando estou preocupado com trabalho, e seja calmamente carinhosa, sem me pressionar para relatar tudo, nem suspeitar de que já não gosto dela.
Que quando preciso ficar um pouco quieto ela não insista o tempo todo para que eu fale ou a escute, como se silêncio fosse falta de amor.
Que quando estou com pouco dinheiro ela não me acuse de ter desperdiçado com bobagens em lugar de prover minha família.
Que quando eu saio para o trabalho de manhã ela se despeça com alegria, sabendo que mesmo de longe eu continuo pensando nela.
Que quando estou trabalhando ela não telefone a toda hora para cobrar alguma coisa que esqueci de fazer ou não tive tempo.
Que não se insinue com minha secretária ou colega para descobrir se tenho amante.
Que com ela eu também possa ter momentos de fraqueza e de ternura, me desarmar, me desnudar de alma, sem medo de ser criticado ou censurado: que ela seja minha parceira, não minha dependente nem meu juiz.
Que cuide um pouco de mim como minha mulher, mas não como se eu fosse uma criança tola e ela a mãe, a mãe onipotente, que não me transforme em filho.
Que mesmo com o tempo, os trabalhos, os sofrimentos e o peso do cotidiano, ela não perca o jeito terno e divertido que tanto me encantou quando a vi pela primeira vez.
Que eu não sinta que me tornei desinteressante ou banal para ela, como se só os filhos e as vizinhas merecessem sua atenção e alegria.
E que se erro, falho, esqueço, me distancio, me fecho demais, ou a machuco consciente ou inconscientemente,
ela saiba me chamar de volta com aquela ternura que só nela eu descobri, e desejei que não se perdesse nunca, mas me contagiasse e me tornasse mais feliz, menos solitário, e muito mais humano."
CANÇÃO DAS MULHERES
"Que o outro saiba quando estou com medo, e me tome nos braços sem fazer perguntas demais.
Que o outro note quando preciso de silêncio e não vá embora batendo a porta, mas entenda que não o amarei menos porque estou quieta.
Que o outro aceite que me preocupo com ele e não se irrite com minha solicitude, e se ela for excessiva saiba me dizer isso com delicadeza ou bom humor.
Que o outro perceba minha fragilidade e não ria de mim, nem se aproveite disso.
Que se eu faço uma bobagem o outro goste um pouco mais de mim, porque também preciso poder fazer tolices tantas vezes.
Que se estou apenas cansada o outro não pense logo que estou nervosa, ou doente, ou agressiva, nem diga que reclamo demais.
Que o outro sinta quanto me dói a idéia da perda, e ouse ficar comigo um pouco - em lugar de voltar logo à sua vida.
Que se estou numa fase ruim o outro seja meu cúmplice, mas sem fazer alarde nem dizendo ''Olha que estou tendo muita paciência com você!''
Que quando sem querer eu digo uma coisa bem inadequada diante de mais pessoas, o outro não me exponha nem me ridicularize.
Que se eventualmente perco a paciência, perco a graça e perco a compostura, o outro ainda assim me ache linda e me admire.
Que o outro não me considere sempre disponível, sempre necessariamente compreensiva, mas me aceite quando não estou podendo ser nada disso.
Que, finalmente, o outro entenda que mesmo se às vezes me esforço, não sou, nem devo ser, a mulher-maravilha, mas apenas uma pessoa: vulnerável e forte, incapaz e gloriosa, assustada e audaciosa - uma mulher."
Lya Luft
E não é que funciona mesmo…
Vc tem acompanhado as manifestações? E as reivindicações, prestou atenção nelas?
Pois bem, dentre a pauta das reivindicações está a melhoria da educação, que na atual conjuntura, faz com que a maioria das nossas crianças fique na total ignorância, importando apenas que elas “passem” de ano, afinal o índice de analfabetismo tem que chegar a zero, custe o que custar, conhecimento é um mero detalhe...
Calma, não se desespere, temos crianças “burras” mas radares inteligentes...
E digo isso com conhecimento de causa, eles funcionam mesmo...
Eles são “dedo duro” sem pudor algum, te “entregam” sem dó e nem piedade.
Como funcionam? Eles fazem a leitura da placa e conectados aos sistemas da Polícia e DETRAN, “deduram” aos policias se o veículo possui alguma restrição, seja na documentação ou fruto de furto/roubo.
Realmente fantástico, se não houvesse outras prioridades, e o mais “engraçado” que no caso de problemas com a documentação, o sistema da polícia só diz se o veiculo está ou não licenciado, eles não têm acesso às taxas, se estão pagas ou não, então mesmo que você tenha tudo pago e por uma questão de burocracia o documento não foi emitido e comprove isso, meu caro, senta e chora, carro apreendido na certa...
Por isso, se você achou que os “inteligentes” não se manifestavam, cuidado, eles estão a todo vapor... hahaha
Ah, a coisa nem é tão grave assim, o reboque e as diárias nem são caras, o pacote todo sai por menos que qq viagem que vc faria ao nordeste... hahaha