sara_rafaela
A lei do retorno não falha.
Na verdade você está apenas acumulando dividas com o Universo.
Será que você estará preparado quando a vida te trouxer a conta?
A lei do retorno não falha. E funciona para todos!”
PSICOLOGIA DA RELIGIAO*
- 1. INTRODUÇÃO
A intenção proposta neste trabalho é trazer discussões, que tragam possibilidades da dialogicidade entre Psicologia e Religião.
Serão levantados questionamentos, que permitirão refletirmos sobre como estas variantes podem estar presentes em nossas vidas e como poderemos posicionar diante da afirmação de uma sem negar a veracidade da outra.
A construção deste trabalho será realizada através das hipóteses mencionadas, que atribuem a dificuldade do vínculo entre Psicologia e Religião, devido Ciência e religião serem temas complexos, que por algumas vezes, ou não, trilharam (e trilham) seus caminhos paralelamente (historicamente, culturalmente, economicamente, etc.). Sem contar que, ao longo da história, pensadores atacaram as raízes do cristianismo questionando a veracidade dos eventos centrais da fé.
Não pode ser deixado de mencionar que muitas pessoas acreditam única e exclusivamente na palavra de um lider religioso, deixando de lado o que a ciência dos homens tem comprovado reiteradamente acerca de diferentes conceitos psicológicos ao longo da vida.
- 2. CIÊNCIA E RELIGIÃO
Para se discutir melhor a Psicologia e Religião, é preciso primeiramente responder a uma seguinte questão: Interessa o diálogo Ciência e Religião?
A questão é simples e nem requer muita reflexão: ciência lida com o mundo objetivo utilizando a razão e a experimentação; religião lida com o mundo espiritual utilizando a fé e a ritualística. Ponto final!
Mas será?...
GOLDFARB (2006), nos diz que Ciência e Religião são, “distintas formas de ação do ser humano com características próprias e independentes”. (Goldfarb, 2006, p.6).
Percebe-se ai que as fronteiras são claras, não há em verdade a necessidade de disputas, pois os domínios da ciência e da religião não se encontram nem se desencontram: simplesmente não se comunicam. Mas se essa é a verdade (se é que existe verdade), porque existem tantos conflitos entre ciência e religião?
GOLDFARB (2006), nos diz ainda que:
“Depois de séculos de disputas, encontros e desencontros, quando presenciamos a violência (até física) de variadas formas de inquisições religiosas (cristãs, judaicas, islâmicas) opondo-se à livre especulação e observação da natureza da ciência, seguida do contra-ataque iluminista que marcando o despontar da modernidade, quis eliminar toda a metafísica, para consolidar o domínio da ciência; nasce afinal um pacto de convivência pacífica entre as duas mais poderosas formas de expressão que a humanidade já experimentou. A ciência e a religião teriam tudo para deixar de confrontar-se pois não há mais o diálogo. Cada qual cuida de sua área de influência. Em linhas gerais, este pode ser indicado como o quadro da questão nos dias de hoje”. (Goldfarb, 2006. p.7).
Então, se de acordo com o que diz Goldfarb, entende-se que ciência e religião não necessariamente teriam que (ainda hoje) viver em conflito, pois estas tratam de áreas distintas do pensamento humano. Mas o que acontece é que uma sempre tenta entrar no campo da outra, gerando grandes frustrações e desmistificando saberes históricos, sempre tentando deturpar a visão que uma tem da outra, de forma a ter beneficio próprio.
1.1 Psicologia e Religião
O desafio metodológico enfrentado pela Psicologia (bem como das outras ciências) e pela Religião é o de evitar o reducionismo de uma a outra. Manter um equilíbrio entre as áreas, respeitando suas especificidades, exige uma abordagem interdisciplinar do profissional psicólogo que, discutindo aproximações e distanciamentos conceituais e metodológicos, permita uma análise crítica dessa relação.
O profissional de psicologia adepto de uma religião precisa movimentar-se entre as duas perspectivas mostrando competência e capacidade para estabelecer pontes entre elas.
A psicologia como ciência deve cuidar do que propõe, cuidar (teórica e tecnicamente), a igreja idem. Todas as questões que envolvem valores morais devem ser tratadas com cuidado, pois foi a partir de ideais assim que Hitler se fez.
Ao longo da história, percebemos vários conflitos entre estas duas grandes chaves da humanidade: Psicologia e Religião. Paradigmas, e crenças vêm sendo rompidos desde que a cultura se estabeleceu na humanidade. E esta briga entre ciência e religião, é algo determinado desde os primórdios da aculturação das civilizações.
Ataques ferrenhos contra a religiosidade, mais especificamente aos ensinamentos bíblicos, tem sido lançados de múltiplas direções. Dos campos psicológico, filosófico, biológico, para não mencionar o religioso, aparecem razões para descrê desse Evangelho.
NEVES (1998), nos dá um panorama geral do que foi relatado acima, quando nos diz que:
“Karl Marx tentou derrubar a fé cristã pelo determinismo materialista, e ainda Charles Darwin lançou sua teoria evolucionista há quase 150 anos, mas ela continua fazendo vitimas em nossas escolas e universidades. Para Darwin as incríveis maravilhas da Criação nada mais são d que um processo natural que age por acaso durante bilhões de anos”. (Neves, 1998. p.16).
Na visão de Neves, compreende-se que ao longo da história, a ciência rompeu barreiras e modelos pré-estabelecidos de uma cultura e uma moral, onde as causas de conflitos entre os indivíduos e a ciência tornam algo inevitável.
Seguindo a mesma linha, FREIRE (2004) apresenta-nos a visão da Psicanálise quando nos diz que, “Freud, postulou que o conceito de Deus é uma projeção da menta que cria um pai substituto, necessário para a estabilidade emocional de pessoas fracas e medrosas”. (Freire, 2004, p.03).
Compreende-se claramente que a um ataque de grandes personalidades da história aos valores religiosos estabelecidos até então pela maioria da população mundial, questionando a veracidade dos eventos centrais da fé.
E nessa relação à mídia acrescenta seu apoio, publicando artigos e passando documentários que lançam duvidas sobre alguns fatos centrais, como por exemplo, incitam o cristianismo, com relação a veracidade do nascimento virginal de Jesus, sua ressurreição e ascensão.
No entanto, FREITAS (1997) nos apresenta outro panorama, quando cita Jung, um dos mais venerados teóricos da ultima geração:
“Jung escreveu um livro intitulado Modern Man in Search of a Soul (O homem moderno em busca da Alma). A tese do seu livro é que um analista precisa fornecer para seu paciente, enfermo emocionalmente, uma fé que o ajude a vencer o temor da escuridão. Tem que ajuda-lo a vencer o desespero e a desilusão no mundo que domina sua vida. Precisa de alguma percepção (insight) que o permita alcançar saúde emocional”. (Freitas, 1997. p.19).
Freitas nos apresenta sua idéia baseada em Jung, que todo ser humano, sem nenhuma exceção, precisa de, pelo menos, quatro coisas: Amor, Fé, Esperança, Compreensão. E isso nos mostra que o pensamento humano é incapaz de dar ao paciente esses quatro pilares, restando apenas a este seguir uma filosofia de vida que fornece estes elementos essenciais ao bem-estar do homem, como por exemplo, a religião.
Diante disso cabe-nos uma reflexão enquanto alunos de psicologia e religiosos, sobre assuntos desta dimensão, em relação ao que sempre acreditamos, com os estudos que este novo campo científico nos propõe. É possível sim, sermos psicólogos, sem ferir nossos costumes e princípios, tendo por base a idéia de que nunca somos os mesmos, a partir de uma nova aprendizagem.
1.2 O Terapeuta e a Religião
As questões e conflitos entre psicologia e práticas místicas ou religiosas têm adquirido relevância no meio profissional do psicólogo, sejam em função de posturas cristãs fundamentalistas ou esotéricas de alguns. Atendendo a esta demanda, os Conselhos buscam esclarecer e fundamentar a prática da psicologia nos parâmetros éticos e científicos da profissão.
Não podemos negar que como estudantes, e futuros psicólogos também temos nossas crenças e conflitos que com as teorias psicológicas podem trazer sofrimento e dificultar o atendimento aos pacientes. Mas é certo também que o código de ética, prevê essa dificuldade do psicólogo lidar com demandas que não estão a nível, tanto do preparo profissional, quanto psicológico, podendo encaminhar à outro profissional.
O código de ética do Psicólogo, nos diz em seu artigo 2º que:
“Art. 2º – Ao psicólogo é vedado:
b) Induzir à convicções políticas, filosóficas, morais, ideológicas, religiosas, de orientação sexual ou a qualquer tipo de preconceito, quando no exercício de suas funções profissionais”; (Código de Ética, 2007).
Ainda em consenso com este tema, o manual do psicólogo, expedido pelo conselho Federal de Psicologia diz que:
“É vetado ao psicólogo divulgar a prática da Psicologia juntamente com ciência e profissão associada a crenças religiosas ou posições filosóficas alheias ao campo da Psicologia”. (Manual do Psicólogo, 2007).
Percebe-se então que enquanto profissionais temos que ter o discernimento de diferenciar nossa convicção religiosa de nossa atuação. E fugirmos do conflito, não é a solução, o importante é usarmos a inteligência emocional na escolha da abordagem teórica, buscando vertentes, que não sejam tão antagônicas ao que cremos, mas lembrando sempre, que a Psicologia, tem suas teorias e técnicas que não precisam da Religião para terem respaldo. Um exemplo bem típico, tão questionável recentemente, é a forma como é visto a homossexualidade, na Psicologia, que já foi tirada do CID, como doença, portanto vista como uma orientação sexual que não pode ser atribuída à uma escolha feita pelo individuo. Mas é comum, vermos profissionais do ramo psicológico defendendo que há cura. Temos que ter em mente, que é possível sermos psicólogos, sem deixar nossas crenças religiosas.
Por outro lado, quando o cliente traz conteúdos religiosos, ZACHARIAS (2007) diz que:
“A conduta mais apropriada ao psicólogo é compreendê-los sob os parâmetros da ciência psicológica e das crenças do cliente, sejam elas quais forem – sem julgamento ou preconceito”. (Zacharias, 2007 p.02).
Percebe-se ai que a dinâmica religiosa é do cliente, e o terapeuta deve respeitar isto, sabendo que a ciência não invalida a religiosidade, mas que esta compõe o todo do seu cliente.
ZACHARIAS (2007) ainda discorrendo sobre o assunto, diz que:
“O psicoterapeuta deve atuar com o olhar científico, dialogando com as crenças e valores de seu cliente, bem como com a experiência religiosa deste, sob o ponto de vista dos conteúdos religiosos próprios do cliente e nos limites da prática psicológica cientificamente recomendada”. (Zacharias, 2007. p.03).
Neste sentido, o psicólogo deve estar consciente do olhar profissional que é esperado dele. O psicoterapeuta não é, no exercício de sua profissão, um (guia, pastor, padre, xamã, pai de santo) embora trabalhe com os mesmos conteúdos, “os ditos inconscientes”. O que diferencia um do outro é o olhar, a maneira e os referenciais conceituais para interagir com o conteúdo exposto pelo cliente.
Enquanto futuros psicólogos, temos que procurar compreender a pessoa como um ser plural e único e, humildemente, atuar dentro dos limites a que estamos sendo treinados - o olhar psicológico – de forma a proporcionar dignidade e profundidade ao nosso trabalho e, quem sabe, poderemos ficar um pouco mais próximos da sabedoria.
- 3. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Seria possível, chegarmos ao um ponto conclusivo referente ao tema?
Creio que não. O que nos traz aqui é a possibilidade de repensarmos, a nossa postura ética como futuros profissionais da Psicologia.
É necessário lembrar que as reflexões precisam ser constantes na vida do ser humano, como sujeito de mudanças, por outro lado, esse refletir deve estar pautado no agir psicológico.
Respostas? Não teriam aqui espaço. O Percurso nos traz a demonstração, de que a psicologia tem um arcabouço teórico e técnico e seriam necessário que os indivíduos compreendessem que, não pode ser misturadas com nenhum tipo de credo, fé ou crença, por isso alguns profissionais da psicologia deveriam rescindir da idéia de converter a psicologia, pelo fato de serem religiosos.
No espaço de escuta devem ser deixados as crenças pessoais, estabelecendo uma reorganização do pensamento, para que não haja mistura de valores no fazer psicológico.
- 4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Conselho Federal de Psicologia. Código de ética do profissional Psicólogo. CFP, 2007. Disponível em: www.pol.org.br/publicacoes
Diferença entre ouvir e escutar *
Diferença entre ouvir e escutar
O significado de ouvir remete ao sentido da audição, é aquilo que o ouvido capta. Já o verbo escutar corresponde ao ato de ouvir com atenção.
Ou seja, escutar é entender o que está sendo captado pela audição, mas além disso compreender e processar a informação internamente.
Portanto, a diferença entre ouvir e escutar é o que acontece após o indivíduo receber o som. Ele está ouvindo quando há pouca interação, e escutando quando está prestando atenção ao que é emitido.
A popular expressão "entrou por um ouvido e saiu pelo outro" ilustra o ato de ouvir, quando a informação parece não ser capturada pelo receptor do som. Já a expressão "fala que eu te escuto", popularizada pelo programa religioso de mesmo nome, mostra o sentido de escutar, em que um tem o poder da fala e o outro dá atenção ao que é dito como forma de alívio da angústia pela palavra.
Exemplo da diferença entre ouvir e escutar
Sabrina não participava das aulas na faculdade. Frequentava as conferências e apenas ouvia o que os palestrantes tinham a dizer, sem escutar nada.
Diferença entre ouvir e escutar na psicologia
A teoria psicanalítica de Sigmund Freud parte do chamado "espaço da fala", colocando a palavra do paciente como lugar central do processo terapêutico. A partir desta, surge a escuta analítica, que entende-se como essencial na psicologia e psicanálise para que o profissional consiga reter o discurso do outro, no caso o paciente. Ou seja, que esteja escutando.
A ação de escutar do psicoterapeuta passa pelo fato de não prestar demasiada atenção em um determinado ponto, e assim negligenciar outros, apenas ouvindo-os. E sim dedicar um tipo de atenção flutuante ao que o paciente diz, escutando uniformemente sua fala, de forma a não selecionar apenas partes do discurso.
Portanto, a diferença entre ouvir e escutar na psicologia está no âmbito da função. Em uma sessão de psicanálise,o psicoterapeuta além de ouvir faz a escuta analítica do que é falado pelo paciente.
O QUE ESTÁ NA RAIZ DOS PROBLEMAS PSICOLÓGICOS E DEPENDÊNCIAS
O que está por trás da depressão, ansiedade, fobia social, dependências e outras formas de problemas psicológicos. Por razões de ordem emocional, algumas pessoas não conseguem sair e procurar um emprego, ou quando conseguem arranjar não o conseguem manter. A grande maioria dessas pessoas apresentam alguns comportamentos típicos, não podem suportar a crítica, têm extrema dificuldade em conviver com os outros, ou sem saberem bem porquê, simplesmente não conseguem trabalhar. Por vezes até conseguem ter períodos bastante funcionais, com muita energia, mas não conseguem gerir os seus relacionamentos, permanecendo solteiros e sem amigos. Alguns caem nas malhas do excesso de comida, jogo, bebida, compram coisas que não podem pagar. Mais tarde, acabam por ganhar consciência dos seus problemas, fazem tentativas para melhorar, resolver e/ou eliminar os vícios, mas não conseguem.
Alguns têm doenças físicas crónicas que iludem o diagnóstico derrotando os planos de melhoria sempre que a pessoa tenta novas abordagens. Alguns, compulsivamente colocam outras necessidades em primeiro lugar. Perdem a noção da hierarquia das suas prioridades. Sentem-se incapacitados, num buraco sem fundo, mas têm a noção que devem continuar em frente. Esquecem-se de ir às consultas, deixam de aderir aos programas de tratamento, aceitam os seus desleixes, comem mal e dormem mal ou muito pouco.
ENREDO DESESPERANTE
Perante um conjunto de incapacidades de ordem emocional e consequentemente de ordem funcional a pessoa deixa de conseguir adequar-se eficazmente às exigências da sua vida, ficando pouco a pouco cronicamente deprimida, ansiosa, ou ambas, ou talvez com diagnóstico de Desordem por Défice de Atenção com Hiperactividade (DDAH), mas mesmo com medicação, não muda muita coisa. Se os medicamentos ajudam, eles têm efeitos secundários graves. Provavelmente algumas pessoas são diagnosticadas com transtorno de personalidade. São esquivas, narcisistas, ficam no estado-limite (borderline), dependentes, obsessivo-compulsivas, um conjunto interminável de patologias, que se cruzam umas com as outras (comorbidade). Numa altura (na actualidade) em que se julga que tudo é genético e se resolve com medicação, fica-se à mercê de uma pílula mágica, ou a pessoa rende-se à evidência que é assim devido a factores que a ultrapassam, passando a encarar o seu problema de forma passiva e adotando por vezes uma mentalidade de vítima.
O ciclo de negatividade vai crescendo, a pessoa nesta condição vai-se desprezando a si mesmo, caminhando ainda mais para sua auto-derrota e subvalorização. Torna-se muito pior com a idade, dado que devido à comparação com os outros, a pessoa sente-se a ficar para trás, não realizada e cheia de problemas sem fim à vista.
A pessoa vai sendo confrontada no seu dia a dia com situações de constrangimento:
Exemplo1: O que você diz quando alguém lhe pergunta: “O que é que você faz?” Você não pode responder com “Oh, tento levantar-me de manhã com muito esforço.” Se lhe perguntarem se você está num relacionamento, você não diz: “Não, quarenta anos e ainda não me decidi.”
Exemplo 2: Quando os familiares ou alguns amigos mais chegados tentam incentivá-lo ou orientá-lo. “Porque não tentar …” “Mas porque você não experimenta só …” “Você tem de fazer mais um esforço.” “Não há nenhuma desculpa para alguém com a sua idade não …” Finalmente a pergunta derradeira: “Eu não sei o que está acontecendo com você.”
MAS PORQUE É QUE CRESCE ESSA ESPIRAL NEGATIVA?
Infelizmente, Familiares amigos e mesmo alguns profissionais de saúde (terapeutas, psicólogos, médicos, psiquiatras) dizem essas coisas também, mesmo depois de ser óbvio que o paciente não consegue agir.
Será isto uma doença? As pessoas já nascerão com elas? Serão as consequências da vida? O grau de exigência a que nos propomos? Será ausência de habilidades sociais? Viver uma infância em famílias disfuncionais? Vulnerabilidade genética?
Será um problema de diagnóstico? Será falta de conhecimento dos profissionais? Será falta de recursos de tratamento?
Certamente, para cada história, para cada problema ou situação incapacitante, algumas destas causas isoladamente ou em associação estarão na raiz dos problemas psicológicos e dependências. É na verdade preciso muito mais do que provavelmente uma causa isolada. Mas, abordar um questão tão vasta quanto os problemas psicológicos e dependências é sempre uma tarefa de hércules. Não consigo, nem é meu objetivo arranjar a solução, isso não existe enquanto algo que sirva para todos e muito menos que exista num formato já pronto (tipo: aplique isto, ou faça desta forma durante “X” tempo e resolve o seu problema). Não acredito que isso seja possível, pelo simples facto que cada caso é um caso, e que é necessário sempre um enquadramento e reunir um conjunto de variáveis que permitam fertilizar o terreno para que um tratamento tenha condições favoráveis de ser bem sucedido.
Por muito dura que seja a realidade, por muita intenção que eu possa ter de ajudar os leitores que se encontram em situações semelhantes, a melhor mensagem que posso deixar é:
- Sim é possível recuperar, sim é possível melhorar. É possível superar a grande maioria das condições de vida incapacitantes, com esforço, dedicação, persistência, motivação, força de vontade, acompanhamento, um plano de tratamento adequado à pessoa, sério, bem enquadrado e com tempo para que possa surtir o real efeito e eficácia.
Existem realmente algumas pessoas que por condições da vida (história da pessoa) encontram-se numa situação de tratamento e/ou recuperação “reservada” (utilizando um termo médico para quando não se sabe o prognóstico). Sendo que esse estado em que a pessoa se encontra (prognóstico reservado), assim como o seu diagnóstico, permanece sem alteração durante demasiado tempo (por vezes durante décadas).
Os problemas psicológicos e algumas dependências, são ervas daninhas que crescem sem se notar. Na verdade, elas manifestam-se na alteração dos comportamentos, atitudes, disfuncionalidade, alteração de humor, sintomas físicos, etc. Mas, acresce a isto um problema fantasma, é que a “ferida” não se vê, é quase imperceptível que “coisas” estão a funcionar incorretamente. Este grau de dificuldade está associado à incapacidade de ver os “erros” de pensamento (raciocínio) que fazemos, e nos conduzem aos problema psicológicos. Existem todo um conjunto de processamento de informação efectuado por todos nós, que muitas das vezes conduz-nos a todo um manancial de subterfúgios, associações desadequadas, ruminações, preocupações, evitamentos, lamurias, punições, que levam ao enraizamento de um padrão mental favorável ao crescimento de problemas psicológicos.
Perante esta imensidão de estratégias de pensamento desadequadas, que aumentam a susceptibilidade para os problemas psicológicos e dependências, é necessário um elevado conhecimento das técnicas de resolução dos erros de processamento da informação a implementar numa possível terapia. Felizmente, já existem modelos que permitem entender as razões porque perante determinados acontecimentos de vida alguns de nós desenvolvemos problemas psicológicos. Aponta-se para um problema comum que está relacionado com a forma como cada um de nós trata a informação. Esta informação sofre ainda influência das nossas crenças, auto-confiança nas capacidade cognitivas e as estratégias utilizadas para resolução do problema.
VULNERABILIDADE PSICOLÓGICA
Na actualidade fala-se no desenvolvimento de uma possível vulnerabilidade para problemas emocionais e psicológicos que está relacionado com o modelo psicológico de processamento da informação (Teoria Metacognitiva desenvolvida por Adrian wells). Ou seja, perante determinados acontecimentos de vida mais problemáticos, traumáticos, catastróficos ou difíceis, a forma como controlamos o conteúdo da informação que usamos nos nossos pensamentos, joga um tremendo impacto no desenvolvimento ou não de problemas psicológicos.
Este conhecimento é como um Oásis, é reconfortante, refrescante e esperançador. O conhecimento que existe sobre as estratégias mentais que cada um de nós utiliza no controlo do pensamento, permite percebermos porque razão se instalam determinados transtornos psicológicos e consequentemente elaborar uma abordagem de tratamento e recuperação com um elevado grau de eficácia. Eu apelido essas estratégias de controlo do pensamento (as que se comprovaram como úteis, protetoras e promotoras de saúde psicológica) de Estratégias Mentais de Êxito, que nos fazem desenvolver um Padrão Mental de Êxito.
MEDIDAS DE VULNERABILIDADE
Wells e Davies em 1994 desenvolveram o Thought Control Questionnaire (Questionário de controlo do pensamento) para avaliar diferenças individuais de controlo do pensamento, bem como a relação entre estas e a vulnerabilidade emocional.
Resumidamente, a escala compreende cinco subescalas que medem as estratégias de controlo do pensamento:
- Distração. Por exemplo: “Faço alguma coisa de que gosto”.
- Controlo social. Por exemplo: “Pergunto aos meus amigos se têm pensamentos semelhantes”.
- Preocupação. Por exemplo: “Centro-me nos diferentes pensamentos negativos”.
- Punição. Por exemplo: “Puno-me por ter esse pensamento”.
- Reavaliação. Por exemplo: “Tento reinterpretar o pensamento”.
Através do estudo efectuado pelos autores acima citados, concluiu-se que a tendência para utilizar a preocupação e a punição como estratégias de controlo está positivamente associada a medidas de preocupação patológica (excessiva), neuroticismo e introversão. As outras subescalas: distração, controlo social e reavaliação do Thought Control Questionnaire apresentam correlações negativas e não significativas com as medidas de vulnerabilidade ao stress no estudo de Wells e Davies.33
Por Miguel Lucas em Saúde e Bem-Estar
Pessoas Arrogantes
Algo que devemos evitar sempre é classificar pessoas atribuindo a elas um rótulo do tipo: chata, feia, teimosa, antipática etc. Até porque uma mesma pessoa possui várias facetas em sua personalidade e não pode ser apontada de forma tão simplista. No entanto, algumas atribuições se tornam mais evidentes e no sentido de buscar entendê-las, apenas para isso, vamos tratar das pessoas que são chamadas de arrogantes. "Se nunca houve um incidente onde esta pessoa demonstrou que se sente superior a você, não assuma que ela é arrogante de forma precipitada. Você pode estar julgando-a de forma errada".
Como é uma pessoa arrogante?
Pessoas arrogantes são aquelas que se sentem ou se mostram, melhor dizendo, superiores às demais; elas sempre sabem tudo e detêm toda a razão. Pior ainda: tratam mal e humilham os outros. Pessoas arrogantes são muito orgulhosas e querem mostrar algo que, na realidade, sabem que não são. Possuem problemas sérios de baixa autoestima e por isso duvidam de si mesmas, de seu potencial, inteligência, beleza, enfim, são totalmente inseguras. A arrogância é uma máscara que pessoas assim imputam a si mesmas por não considerarem que são suficientemente boas.
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Como lidar?
É importante conhecer as características das pessoas arrogantes no sentido de compreender como funciona esse mecanismo de defesa criado por elas. Dessa forma, fica mais fácil desenvolver estratégias pelas quais você não permita que pessoas assim ajam negativamente na sua vida.
Dicas importantes
1- Não aceite provocação
É muito interessante pensar nas razões pelas quais a pessoa consegue afetar você. Esse processo de autoconhecimento é muito importante para livrar-se do julgo do outro não se deixando mais abalar.