A alma que cria a poesia ardente
É a mesma que por vezes se afoga na dor
A alma grita o que o coração sente
E por vezes se sente a dor no amor
A alma que tantas vezes sorri e faz sonhar
É a mesma que por vezes se esquece de si
Que se perde nos pensamentos angustiantes
Que sangra sem ser sangue nesses momentos delirantes
Onde a realidade se mistura com a ficção
Onde a memória tantas vezes trai o coração
A alma que tantas vezes escreve poesias tão belas
Por vezes tem que esconder as sequelas
Que as dores deixaram em si gravadas tão profundamente
E as dores do corpo são acalmadas
Com medicamentos que aliviam a dor
Mas como acalmar a dor que percorre a mente
Para a qual nenhum medicamento apaga essa dor
E os dias passam e essa dor parece rasgar a alma
E a saudade dilacerante não se acalma
E o vazio se torna cada vez mais profundo
E por vezes basta um segundo
E a luz se apaga por completo
E as flores que existiam na alma
Deixam sequer de existir
E a alma se torna num vazio deserto
E a travessia por vezes se torna tão longa
Que o corpo por fora se esquece de viver
E a pele com o tempo envelhece
E às vezes quando a dor se acalma
Tanto tempo já passou
E o sorriso jovem de outrora
É agora apenas uma lembrança do passado
E o espelho não mente
Um olhar com um semblante carregado
Uma alma com tanta amargura no passado
E essa alma que por vezes escreve poemas de amor
Essa mesma alma tantas e tantas vezes
Carrega no peito tanta dor.
Pedro Duarte Domingos Martins
rpd
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