A vida é um constante aprendizado
e acredito que mesmo nas pequenas coisas sempre se pode “tirar” algo.
Gosto de observar as pessoas e
ler as notas é uma forma de tentar enxergar além delas; algumas fazem rir e
outras pensar, algumas causam “suspiros” e outras indignação, mas independente
do resultado delas, todas causam algum efeito em alguém...
Ontem li sobre escrever para si e
para os demais, e achei o máximo, e é verdade, é gostoso quando alguém nos
“ouve” e essa leitura lhe traz alguma reação; além do mais, é ruim falar
sozinho, então venha tomar um mate (café é com aquela doce pessoa rs) com
medialunas, afinal não posso negar minha origem, e não faça essa carinha, sei
que o diferente assusta, mas te garanto que esse é bom...
Dias atrás estive em Cumbica, e
sempre que vou ao aeroporto eu “viajo”; calma, não é redundância, nem sempre o
que é (ou parece ser) óbvio, o é... e minha viagem não foi literal, meu corpo
ficou e foi minha mente que começou a divagar e devagar, fiquei pensando o que
leva uma pessoa para lá e o que a traz para cá, se tem vontade de voltar ou de
ficar, se acha que seria mais feliz aqui ou lá, são tantos “se” que parece uma
viagem sem fim...
Enfim a mente se une ao corpo, e
de volta à realidade, me pego viajando novamente (acho que meu nome caiu como
uma luva, afinal aquela Valentina foi ao espaço e voltou, já eu, vivo lá rs),
fico imaginando qual a dificuldade em se ser feliz no coletivo, ou ao menos
viver harmoniosamente, e dentre tantas conclusões, vejo o egoísmo (ou seria
individualismo?) como o maior responsável.
Não sou mais uma garotinha e
tampouco “dinossáurica”, e apesar de não associar necessariamente a maturidade
à idade, considero que aprendi bastante coisa nesses muitos anos que já vivi,
seja pelo amor ou pela dor (por bem ou por mal), e de tudo, o que mais me ajuda
a enfrentar situações “indigestas” é a tolerância.
Quando somos jovens, os sonhos
nos movem, “consequência” é uma palavra que ainda não faz parte do nosso
vocabulário, e com o tempo vamos aprendendo que se queremos viver em harmonia
com outras pessoas precisamos ceder para receber, e aqui são “2 aulas em 1”:
1) a máxima
“dar sem esperar algo em troca” é perfeita, mas só nas palavras, porque na
prática é praticamente inevitável isso acontecer; eu digo que o errado é EXIGIR,
porque é natural que sempre esperemos algo quando nos doamos;
2) ceder não
significa mudar de opinião ou perder a essência / personalidade, e sim saber o
momento certo de falar e de calar...
Por que falei isso? Tenho 2
“exemplares juvenis” em casa e vejo como é árduo o trabalho de introduzir
certos valores; creio que os jovens se acham donos da razão e os “velhos”
(euzinha rs) são caretas, não entendem nada, e é aí que eu me pergunto: “será
que eles se esquecem que já fomos jovens um dia também?” e vejo de suma
importância que eles entendam que devem aprender desde cedo como lidar com as
pessoas, afinal o futuro depende do presente, e se querem que ele seja bom, que
façam algo no presente...
Bom, não sei se o que eu escrevi
fez algum sentido, mas gostei da experiência de ir escrevendo ao leo (e pra
Ana, João e Maria também rsss); espero que tenham gostado do mate e das
medialunas (as com doce de leite são deliciosas rs).
Beijos a quem é de beijo, abraços
a quem é de abraço
Valentina
PS: enqto eu conversava comigo
mesma naquele dia, a música abaixo tocou na rádio, e ela tem tudo a ver com o
viver e conviver bem...
https://www.youtube.com/watch?v=QtLdNoIPasc
http://www.youtube.com/watch?v=QtLdNoIPasc